No encontro que teve em janeiro com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a presidente Dilma minimizou os problemas que o Brasil enfrenta na preparação para a Copa do Mundo, e disse ao dirigente que o País realizará a “Copa das Copas”. Dilma afirmou que o obra dos estádios eram as mais “simples” de serem finalizadas, e destacou que o governo estaria realizando diversas outras intervenções para melhoria da infraestrutura de aeroportos e de mobilidade urbana das cidades. “Estamos preparados”, disse Dilma ao presidente da Fifa.

O otimismo de Dilma com o andamento das obras voltadas à Copa do Mundo não é compartilhado, entretanto, pelos ministros do Tribunal de Contas da União. Relatório do Tribunal, divulgado nessa quarta-feira (05), aponta que as ações de infraestrutura turística dispostas na matriz de responsabilidades da Copa do Mundo de 2014 ainda não entraram na fase de execução das obras. De acordo com o TCU, dos 37 contratos celebrados, apenas seis já iniciaram ou concluíram os procedimentos licitatórios, com perspectiva de conclusão do objeto antes do início do evento. No entanto, ainda não foi iniciada à execução física de nenhum desses contratos.

Segundo o tribunal, 68% dos contratos estão em situação de cláusula suspensiva, pois os contratantes não apresentaram toda a documentação necessária à Caixa para que possam assinar os contratos e executar as obras. Além disso, 8% dos contratos foram cancelados e apenas 24% estão aptos a iniciar a execução das obras. Na avaliação do TCU, apenas 16% dos contratos de infraestrutura turística serão concluídos até a Copa.

Para o ministro-relator Valmir Campelo, entrevistado pelo site Contas Abertas, o quadro é preocupante: “Em resumo, a unidade técnica apurou que ações de infraestrutura turística dispostas na matriz de responsabilidades da Copa do Mundo de 2014 encontram-se em fase inicial, não tendo entrado ainda na etapa de execução das obras, o que demonstra o risco potencial de não se alcançar as metas e objetivos propostos nas referidas ações, com sérios prejuízos para a organização do Mundial de Futebol nessa área”, afirma o ministro.

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