O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu liminar apresentada pela coligação da candidata Dilma Rousseff, que pedia a suspensão de propaganda da candidata Marina Silva. No pedido, os advogados de Dilma alegavam ter direito a pedido de resposta no programa da coligação liderada pelo PSB, levado ao ar no dia 6 de setembro à noite, pelo fato de Marina ter dito que, em seu governo, “os recursos do pré-sal vão ser usados para a saúde e a educação, não para a corrupção”. A coligação de Dilma acusou a candidata Marina de veicular informação de caráter “nitidamente inverídico, calunioso, difamatório e injurioso, na medida em que lhes imputa, ilegalmente, o desvirtuamento e desvio dos recursos do pré-sal em atos de corrupção”.

O ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, ao negar o pedido da coligação liderada pelo PT, alegou que a fala de Marina Silva não fez nenhuma referência clara a outros governos, de quem quer que seja. O ministro sustentou ainda que a candidata do PSB não promoveu “uma comparação sutil que fosse entre governos passados. Nem entre o atual e o que vier a ser materializado com a eventual eleição dela”. Tarcísio concluiu sua decisão afirmando que, na fala de Marina, “houve, sim, uma crítica inespecífica à corrupção. E não referência a uma corrupção qualquer em curso, relativamente ao uso dos recursos advindos do pré-sal”.

Pelo visto, para o PT, a corrupção está tão associada a seus governos nos últimos 12 anos que a simples menção a essa palavra já representa um “ataque” à sua candidata.