Na rápida entrevista que concedeu nesta sexta-feira (20), no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo não tem como bancar um reajuste na tabela do Imposto de Renda acima de 4,5%. Segundo Dilma, a emenda aprovada pelo Congresso, que prevê reajuste de 6,5%, foi vetada por ela “porque não cabe no orçamento público”. Este governo, que afirma que não pode pagar 2% a mais de reajuste no IR (que geraria cerca de R$ 2 bilhões a mais de renúncia fiscal), medida que beneficia diretamente a classe média, é o mesmo que bateu recorde no ritmo de gastos com festividades e homenagens nos últimos quatro anos. Segundo o site Contas Abertas, o primeiro mandato da presidente Dilma rendeu o recorde de “mais festeiro” dos últimos 20 anos. Em quatro anos, os gastos com festas cresceram 87,3% em relação ao desembolsado no segundo mandato do governo Lula.

Em valores atualizados pelo IGP-DI, da FGV, enquanto o ex-presidente desembolsou R$ 161,6 milhões entre 2007 e 2010, a atual presidente utilizou R$ 302,7 milhões com as festividades e homenagens e os materiais para produzi-los. Só em 2014, os gastos de Dilma com festividades e homenagens somaram R$ 77,3 milhões. O valor é o terceiro maior para um exercício. O montante perde apenas para 2013 e 2012, quando R$ 78,2 milhões e R$ 83 milhões foram desembolsados. Na lista de comemorações, estão serviços de buffet, aniversários, despedidas, confraternizações, incluindo as de final de ano, e até alguns serviços para funeral.

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