Antes de pegar um avião para Miami, onde passa “férias” desde que encerrou seu mandato de governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz deixou como legado um calote inédito em contratos de parcerias-público privadas (PPPs) no país. É o que afirma matéria do jornal “Valor Econômico” desta quinta-feira. No dia 1º de janeiro, ao transferir o cargo ao novo governador, Rodrigo Rollemberg, o petista Agnelo entregou não só hospitais públicos à beira de um colapso, salários atrasados e um rombo nas contas de mais de R$ 5 bilhões. Também ficou nas mãos dos gestores recém-empossados da capital da República uma dívida, que já chega a R$ 19 milhões, com a concessionária responsável pela construção e operação do novo centro administrativo do Governo do Distrito Federal. Para piorar: a conta bancárias onde deveriam ter sido depositadas as garantias da PPP estava zerada. No seu último dia de mandato, Agnelo inaugurou o novo centro administrativo mesmo sem haver ainda no local água, energia ou mobília. A decisão de Agnelo de fazer a inauguração e receber as chaves no último dia de seu mandato obrigou o GDF a pagar a mensalidade de aluguel, mesmo não sendo ainda possível instalar os órgãos da administração distrital nos prédios. O governo tem que pagar mensalmente R$ 17 milhões a título de aluguel às construtoras responsáveis pela obra, Via Engenharia e Odebrecht.