Segundo reportagem do site G1, o Ministério Público Federal abriu um inquérito civil para apurar suspeitas de irregularidades na compra de 36 caças Gripen pelo governo brasileiro. O valor final do contrato, assinado em outubro de 2014, teve alta em relação ao previsto na proposta inicial apresentada pela fabricante, a sueca Saab. De acordo com a matéria do G1, o inquérito, conduzido pelo Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal de Brasília, tem prazo de duração de um ano e pode ser objeto de uma ação civil que peça a anulação do contrato e o ressarcimento aos cofres públicos de pagamentos já realizados.

A Força Aérea Brasileira (FAB) diz que o valor aumentou porque foram pedidas mudanças nos aviões e houve reajuste dos valores originais do contrato, que estavam em coroas suecas. A moeda se desvalorizou em relação ao dólar desde a proposta inicial. A Aeronáutica diz que ainda não foi notificada oficialmente, mas que irá atender aos pedidos da Procuradoria. Foi pedido que o modelo do caça brasileiro, entregue ao país a partir de 2019, tenha apenas um display panorâmico à frente na tela de controle, chamado de “Wide Display” (WAD), diferentemente do modelo original, que possuí três visores. Na versão brasileira há outros diferenciais como um novo sistema de comunicação com encriptação e especificações na pressão interna do cockpit. O display, entretanto, não existe em nenhuma das versões do jato que a companhia sueca desenvolve desde 1980. Pilotos da Força Aérea sueca ouvidos pelo G1 afirmam que não confiam neste tipo de tela, porque podem perder informações.

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