Na audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, nesta quarta-feira (9), caminhoneiros de várias partes do país falaram sobre o bloqueio das rodovias em protesto contra o aumento do preço do combustível devido ao reajuste do PIS e COFINS. O debate promovido pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim, contou com a presença do senador Alvaro Dias, que, desde o início, apoiou o movimento.

O líder dos cegonheiros no Estado do Paraná e um dos organizadores do protesto, Wanderley Alves, conhecido como Dedeco, disse que o governo Temer deveria reduzir custos e cortar na própria carne para atender as reivindicações dos caminhoneiros, como o aumento do frete. “ Nós merecemos respeito. O aumento dos combustíveis inviabilizou o nosso trabalho, que já estava difícil com o frete baixo e a redução da fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. Nós vamos intensificar os pontos de paradas, independentemente de liminar. Nós vamos parar esse Brasil inteiro”, disse.

“Estamos pedindo socorro”, disse, emocionado, o líder dos caminhoneiros de São Paulo, Rogério Alberto Reame, durante a audiência pública. Ele relatou as dificuldades enfrentadas por eles nas estradas, e disse que tem se sentido fracassado diante da família por não estar conseguindo avanços com os protestos. “Dizem para a gente que caminhões não fazem falta, já que as mercadorias podem ser transportadas por navios e aviões, mas é um erro. Querem reduzir nossa importância na logística, mas somos nós que passamos noites em claro na estrada para que os produtos cheguem aos estabelecimentos. O momento é de desespero, mas não vamos desistir”.

O senador Alvaro Dias cobrou sensibilidade do governo para atender as reivindicações da categoria

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