O Ministério Público no Tribunal de Contas da União anunciou nesta segunda-feira que pretende fazer uma devassa nos contratos feitos pela diretoria internacional da Petrobras, considerada a mais problemática da estatal. O TCU já investiga a área de abastecimento, responsável pela construção das refinarias Abreu e Lima, e Pernambuco, e Comperj, no Rio de Janeiro. Para o procurador do Ministério Público no TCU, Marinus Marsico, este contrato entre a Petrobras e a construtora Odebrecht, revelado pela imprensa na semana passada, “é o que possui mais irregularidades entre os que já examinei”. O contrato entre a estatal e a Odebrecht, de US$ 825 milhões, foi assinado em 2010, quando o petista José Sergio Gabrielli era presidente da empresa e Jorge Zelada o diretor da área internacional. Segundo o procurador, quase metade do contrato não era para execução de obras, mas dedicado a planejamento, acompanhamento e supervisão do contrato. Desde que foi divulgada a denúncia sobre o contrato entre Petrobras e Odebrecht, a diretoria da estatal não se pronunciou, nem por nota oficial, nem em seu site e muito menos no blog “Fatos e Dados”, criado pela empresa para “dar transparência aos fatos e dados recentes da Petrobras e para para tornar público o posicionamento da Companhia diante de temas relacionados à sua atuação”.