O senador Alvaro Dias apoiou, na manhã desta quarta-feira, a aprovação do projeto de minirreforma eleitoral, que tem como objetivo diminuir custos de campanha e modificar pontualmente a legislação eleitoral. Apesar de defender a aprovação, Alvaro Dias afirmou, entretanto, que o projeto não redime o Congresso da falha, perante a sociedade, de jamais ter conseguido concluir a votação de uma reforma política de profundidade.

“Esse projeto de minirreforma eleitoral traz mudanças de procedimento na legislação que são extremamente positivas, e que podem levar a uma mudança de comportamento nas campanhas eleitorais. Mas mesmo a aprovação dessa minirreforma não elimina a vergonha do Congresso diante dos brasileiros por não ter conseguido realizar a reforma política, há tanto tempo reivindicada. Os parlamentares deveriam pedir perdão à população, porque a reforma política já deveria ter sido promulgada há muito tempo. Lembro que aqui no Senado, aprovamos uma reforma em 1999, com todos os itens como financiamento, coligações, sistema, mas o projeto acabou se perdendo nas gavetas da Câmara”, afirmou o senador.

Ainda na discussão da minirreforma, Alvaro Dias voltou a defender a tese de que o Congresso eleito em 2014 se comprometa com a elaboração e votação da reforma política. Para o senador, deputados e senadores deveriam assumir esse compromisso durante a campanha eleitoral do ano que vem, e com isso a população poderia cobrar com maior rigor dos seus representantes a concretização das mudanças na legislação política e eleitoral do País.

“Este deveria ser um pacto celebrado entre todos os partidos políticos, um compromisso de todos de que o Congresso eleito nas urnas de 2014 discutirá e finalizará uma proposta ampla de reforma política. Com esse compromisso, os senadores e deputados poderão ser cobrados depois pelos eleitores caso a reforma novamente não ande. Um Congresso energizado pelas urnas terá mais autoridade de debater a reforma política, e de oferecer um modelo compatível com as exigências da sociedade”, disse o senador Alvaro Dias.

Foto: Laurent Giraudou/Veja