O primeiro mensaleiro a ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal, antes mesmo dos outros que foram para a cadeia nesta sexta-feira, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, está foragido na Itália. Em carta divulgada pelo advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, Pizzolato diz que, aproveitando a dupla cidadania, vai apelar para um novo julgamento italiano. Desde que o STF decretou a prisão de ex-diretor do Banco do Brasil que agentes da Polícia Federal vinham procurando Pizzolato em dois endereços no Rio de Janeiro, mas não o encontraram. O advogado dele chegou a informar que o ex-diretor de marketing iria se entregar ao meio-dia na sede da PF, em Brasília, o que não aconteceu. Por volta das 11h40 deste sábado, o advogado do ex-diretor do Banco do Brasil informou por telefone para o delegado Marcelo Nogueira, da Polícia Federal, que ao chegar à casa de seu cliente hoje, em Copacabana, foi informado por parentes que Pizzolato tinha ido para Itália. Na carta divulgada por meio de seu advogado, Pizzolato afirma que decidiu “consciente e voluntariamente”, fazer valer seu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado pelos ministros do STF a uma pena total de 12 anos e 7 meses, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. A multa por seus crimes foi fixada em R$ 1,316 milhão.