Reportagem do jornal “Valor Econômico” revela que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que vive acelerada fase de deterioração financeira e operacional, para evitar fechar seu balanço no vermelho pela primeira vez em quase duas décadas, fizeram uma manobra contábil que não foi consensual. Em reunião no dia 17 de março de 2015, o conselho de administração da ECT reverteu uma bilionária provisão contábil, que servia para a eventual necessidade de cobrir novamente o rombo do fundo de pensão Postalis – já houve pagamentos durante mais de quatro anos.

Prestes a anunciar seus piores resultados desde 1995, Os Correios só não tiveram prejuízos em suas contas devido a essas mudanças contábeis de última hora. Graças às manobras, de um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão em 2012, que já havia despencado para R$ 325 milhões no exercício seguinte, a estatal manteve-se no azul por R$ 10 milhões no ano passado. Os números, aos quais o “Valor” teve acesso, serão divulgados nos próximos dias.